Considerações jurisprudenciais sobre o princípio da imutabilidade relativa e o direito à alteração do nome

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22477/rdj.v113i00.821

Palavras-chave:

Direitos da personalidade, Nome civil, Princípio da imutabilidade relativa, Análise de casos do Superior Tribunal de Justiça

Resumo

Objetivo: o presente artigo tem como objetivo analisar a disciplina do nome civil com base no tratamento dado pela atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça ao princípio da imutabilidade. O assunto se justifica dada sua atualidade e relevância contextual. Método: a técnica metodológica a ser utilizada para abordar o problema delineado no presente estudo será a pesquisa dogmática, com suporte na doutrina nacional e na jurisprudência do STJ, como Corte de Precedentes. A proteção e o regramento ao nome civil estão regulados na Lei de Registros Públicos; entretanto, o princípio da imutabilidade relativa, consoante se constata com base no estudo de casos citados ao longo do trabalho, vem
gradativamente experimentando influxos de valores democráticos constitucionais, revelando-se, hoje, de índole relativa, sofrendo, no âmbito da constitucionalização do direito civil, portanto, mitigação quando ponderado à luz do princípio da dignidade da pessoa humana. Resultado: em conclusão, o Superior Tribunal de Justiça tem mitigado o princípio da imutabilidade do nome, tornando-o, por certo, um corolário relativo, desde que se verifique na hipótese concreta um justo motivo que não afaste, na ponderação de valores, a segurança jurídica das relações sociais.

Biografia do Autor

Fernando Natal Batista, Superior Tribunal de Justiça

Doutorando em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e
Pesquisa – IDP.
Assessor de Ministro do Superior Tribunal de Justiça - STJ.

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Publicado

2022-12-19

Como Citar

BATISTA, Fernando Natal. Considerações jurisprudenciais sobre o princípio da imutabilidade relativa e o direito à alteração do nome. Revista de Doutrina Jurídica, Brasília, DF, v. 113, n. 00, p. e022013, 2022. DOI: 10.22477/rdj.v113i00.821. Disponível em: https://revistajuridica.tjdft.jus.br/index.php/rdj/article/view/821. Acesso em: 16 maio. 2024.