Ativismo judicial causas e fundamentos

Authors

  • Ana Luíza de Morais Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.22477/rdj.v107i1.44

Abstract

O ativismo judicial é tema que vem causando grandes divergências doutrinárias e originando constantes
tensões institucionais, especialmente entre Judiciário e Legislativo. Diante do caráter controvertido do
assunto, o presente trabalho busca, por meio do contraste de posições doutrinárias paradigmáticas,
elucidar as causas e os fundamentos do ativismo judicial, isto é: o contexto histórico, político e social
favorável a esse fenômeno, assim como o conjunto de motivos racionalmente justificáveis com que
seus defensores o fundamentam. Nesse percurso textual, lança-se mão de argumentos doutrinários
brasileiros e estrangeiros, mormente da literatura norte-americana. Com isso, demonstrar-se-á que o
ativismo judicial revela nada mais do que uma postura legítima e necessária por parte do Poder Judiciário.

Author Biography

Ana Luíza de Morais Rodrigues

Mestranda em Teoria Geral e Filosofia do Direito
pela Universidade de São Paulo (USP).
Graduada em Direito pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN).

References

BARCELLOS, Logan Caldas. A legitimidade democrática da jurisdição constitucional e o contramajoritarismo no con-

texto da judicialização da política e do ativismo judicial. Prismas: Direito, Políticas Públicas e Mundialização (substituída

pela Revista de Direito Internacional) 8.1, 2011.

BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. (Syn) thesis, v. 5, n. 1, p. 23-32, 2012.

BOITEUX, Elza Antonia Pereira Cunha. O significado perdido da função de julgar. São Paulo: Universidade de São

Paulo, 1990.

BOUZAT, Gabriel. El control constitucional – Un Estudio Comparativo. In: Centro de Estudios Constitucionales. Fun-

damentos y alcances del control judicial de constitucionalidad: investigación colectiva del centro de estudios instituciona-

les de Buenos Aires. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1991. P. 69-92.

COELHO, Inocêncio Mártires. Apontamentos para um debate sobre o ativismo judicial. Revista Brasileira de Políticas

Públicas. Brasília V. 5. Número especial (2). P. 02-22. 2015.

DWORKIN, Ronald. A raposa e o porco-espinho: justiça e valor. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

___. Levando os direitos a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

___. O império do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Aspectos do direito constitucional contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009.

GARVEY, John H.; ALEINIKOFF, Thomas. A Modern constitutional theory: A reader. West Academic Publishing, 2003.

KMIEC, Keenan D. The Origin and Current Meanings of Judicial Activism, 92 California Law Review. California,

p. 1441-1478, 2004. Disponível em: <http://scholarship.law.berkeley.edu/californialawreview/vol92/iss5/4>.

Acesso em: 25. Jun. 2015.

LIMA, Iara Menezes; LANÇA, João André Alves. Revista da Faculdade de Direito da UFMG, Belo Horizonte, n. 62, p.

-303, jan./jun. 2013.

MARINONI, Luiz Guilherme. Aproximação crítica entre as jurisdições de civil law e de common law e a necessidade de

respeito aos precedentes no Brasil. Revista da Faculdade de Direito –UFPR, Curitiba, 47, p. 11-58, 2009.

MONTESQUIEU, Charles Secondat. De l’esprit des lois. Paris: Éditions Gallimard, 1995.

MORAES, Filomeno. Executivo e Legislativo no Brasil pós-constituinte. São Paulo em Perspectiva 15.4 2001, 45-52.

RAMOS, Elival da Silva. Ativismo judicial: parâmetros dogmáticos. São Paulo: Saraiva, 2010.

ROSANVALLON, Pierre. La nueva cuestión social: Repensar el Estado providencia. Buenos Aires: 1995.

STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luis Bolzan de. Verdade e consenso. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2008.

TORRES, Ana Paula Repolês. A relação entre constitucionalismo e democracia: revisões periódicas e abertura

interpretativa. Revista Brasileira de Direito Constitucional–RBDC n. 18, 2011, p. 183-203.

Published

2016-03-15

How to Cite

RODRIGUES, Ana Luíza de Morais. Ativismo judicial causas e fundamentos. Revista de Doutrina Jurídica, Brasília, DF, v. 107, n. 1, p. 141–152, 2016. DOI: 10.22477/rdj.v107i1.44. Disponível em: https://revistajuridica.tjdft.jus.br/index.php/rdj/article/view/44. Acesso em: 21 nov. 2024.